Colocando acima das razões de Estado e das orientações meramente funcionais a causa dos direitos humanos e a defesa de vidas ameaçadas e condenadas por regimes políticos bárbaros e totalitários e por uma guerra absurda e devastadora ditada pela cegueira dominadora, Aristides de Sousa Mendes é hoje legitimamente reconhecido como um símbolo da liberdade e do espírito de resistência.
Cônsul Geral em Bordéus aquando do início da II Guerra Mundial optou, apesar de saber poder estar a condenar-se a si próprio, por emitir passaportes portugueses que proporcionaram a salvação e a liberdade a 30 000 Judeus.
Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches ingressou na carreira diplomática onde desenvolveu intensa actividade com reconhecidos méritos que lhe valeram alguns títulos e condecorações a nível nacional e internacional.
Segundo o historiador Yehuda Bauer, perito da História do Holocausto, foi a pessoa que “…sozinho, contra tudo e contra todos, realizou a maior operação de salvamento da história do Holocausto”.